A utilização de ferramentas Web 2.0, no contexto da aprendizagem, encontra uma adesão ainda incipiente na realidade das PME portuguesas.
Esta é uma das conclusões do estudo “Aprendizagem Formal e Utilização das TIC nas PME Portuguesas” apresentado recentemente no Centro de Congressos de Lisboa.
O estudo analisou de que forma as tecnologias Web 2.0 podem «ser instrumentos de resposta, numa lógica de trabalho colaborativo e de acesso a recursos de conhecimento».
Tendo em conta esta análise, uma das conclusões do estudo é que a adopção das Tecnologias de Informação (TI) neste contexto representa um desafio sobretudo organizacional e só depois tecnológico.
Outro dos pontos salientados é o facto de a adopção de TI nas PME exigir uma agenda de transformação interna. O que acaba por, segundo os autores do estudo, condenar a possibilidade de uma rápida massificação e adesão indiscriminada a curto prazo das ferramentas Web 2.0 nas empresas.
Esta análise apurou que do universo inquirido, uma amostra base de 800 empresas, apenas um pequeno grupo de empresas diferenciadas pode ser considerado early adopter.
Nestas empresas 70% dos colaboradores estão habilitados pela menos com licenciatura, enquanto que 90% são heavy users de TI, embora ainda não tenham dado o salto da utilização destas ferramentas na esfera pessoal para a empresarial.
E, embora em 90% das empresas já sejam utilizadas recorrentemente as ferramentas web 1.0, as web 2.0 apenas são utilizadas em apenas 25%.
Apesar do quadro de adopção ainda muito incipiente, os responsáveis pelo estudo salientam que a gestão das empresas está sensibilizada para o potencial destas ferramentas e está aberta à mudança, o que acaba por «abrir portas para o estabelecimento de objectivos ambiciosos» nesta área.
Quando foi focada necessidade de estímulo externo às empresas para que a adopção destas tecnologias seja uma realidade, segundo os inquiridos o Estado, a União Europeia e as Universidades devem ser os principais actores.
E estes agentes de mudança poderão, no entender dos inquiridos suprir dois tipos de carências das PME face às tecnologias: as financeiras e as de conhecimento.
O estudo, da responsabilidade da Universidade Católica, tem Roberto Carneiro como coordenador geral, e foi encomendado pela Associação Industrial Portuguesa (AIP).
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